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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Uma Visão Pessoal Pretendendo Ser Nacional

   Um triste retrato da governança de nossos não governantes. Infelizmente nosso país é regido por leis que dependem de ”pegar” ou não, por políticos e lobistas. É um país fundamentado na dependência da ignorância e na alastrada voz silenciosa do conformismo generalizado e pelo populismo de larga escala, esse que possui incontáveis e crescentes cabeças de gado, desculpem-me eleitores cegos a realidade de seu voto.

   Governantes existem, mas sua voz não se faz ouvir, pois justamente pelo fato de serem honestos não conseguem os recursos necessários para fazerem as milionárias campanhas e nem para criarem currais eleitorais constituídos por infelizes ignorantes que são guiados pelas esmolas governamentais e mantidos no lugar por cercas de desinformação e falta de educação.

   A situação de nosso governo, muitos diriam, é digna de dó, mas não, os dignos de dó somos nós, que, ignorante e alegremente, consentimos com essa pouca vergonha, se é que existe qualquer vergonha nisso. A nossa voz, a voz do povo, a voz daqueles que um dia irão pagar e sentir na pele o resultado do silêncio de gerações que cresceram com a liberdade que foi confundida com libertinagem, deve lutar para ser ouvida, e nossos braços, ditos como fortes em nosso hino, devem fazer valer o título que lhes foi dado e ir à luta pela real liberdade.

   Liberdade? O Brasil gaba-se de ser um país livre, os brasileiros gabam-se de serem felizes, de serem batalhadores. Triste retrato da ignorância em sua máxima. Somos um povo mantido encurralado por homens e mulheres da política que alcançam poderes desproporcionais e luxos que lhes são garantidos por pessoas que chegam em casa e tem pão com ovo para o jantar ou que precisa contar o dinheiro ao fim do mês para poder pagar a passagem daquele ônibus em péssimas condições que vai percorrer vias em condições igualmente péssimas ou piores e a culpa vai ser da demora da Operação Tapa-Buraco.

   Aliás, Operação Tapa-Buraco deveria ser o nome de nossas respeitáveis, honradas, exaltadas e tão queridas eleições governamentais. A cada quatro, longos e extremamente benéficos a certo grupo de bolsos, anos temos as eleições. Mas isso todos sabemos. O que, infelizmente para o povo brasileiro, a maioria do eleitores, orgulhosos de serem chamados por tão honroso título, não sabe. Calma, todos sabemos, uns mais que outros. Cada eleição apenas troca o nosso grupo de, na falta de palavra melhor para descrever essa corja, governantes, a principal mudança percebida é aquela que passa nas redes de televisão aberta, as propagandas falando dos enormes feitos dos governos, cada governo com símbolos mais criativos e mais pessoas sorridentes aparecendo.

   Cada vez que vamos às urnas apertar botões e rezar um pouco na cabine de votação para que a escolha não seja a pior possível, mas a menos pior, claro, estamos decidindo quem achamos que será menos corrupto. Estamos presos a um sistema que mantém a corrupção impune e, em casos como as licitações de obras públicas, sancionadas pelo próprio, e extremamente digno, Governo Federal. Somos amarrados por aqueles que fazem as leis em benefícios próprios e que somente estão onde estão (enchendo os bolsos se alguém estiver em dúvida), por causa de nossos dedos que estavam ávidos para apertar o botão verde e correr para casa.

   Doce ilusão de liberdade que nos aflige. Triste realidade que nos cerca.

   Infelizmente os mais afetados são os que menos sabem do enorme esquema que se encontram. Um círculo vicioso que se mantém a longas décadas e que sobrevive cada vez mais faminto e descarado. Os corruptos prometem melhorias, dão esmola e incentivam a ignorância, e graças à ignorância se mantém no poder.            

   Estamos em uma plena e fervilhante política do pão e circo. A televisão, que é mais importante que a geladeira em muitas casas, diga-se de passagem, transmite aquilo que o povo quer ver. O carnaval marca o real início do ano e a Copa Do Mundo é o momento que o país escolhe para dizer que é unido e para mostrar o orgulho do povo. Enquanto isso as políticas populistas e assistencialistas ditam o tom da fala dos governantes e garantem os votos.

   Sendo assim, deveriam haver leis para punição, não? Ria muito quem já disse essa frase, mas ria com vontade. Ladrões não vão para dentro das celas, ainda mais com as superlotadas e depreciadas prisões do país, de forma voluntaria, ou vocês conhecem algum que vai? Enquanto for o governo ditando quem é ou não punido, o único que vai perder a liberdade e os direitos é o povo.

   Mas e os governantes justos? Sim, existem, mas não são ouvidos nem ganham muito destaque, não conseguem da máquina pública o dinheiro para as espalhafatosas campanhas eleitorais. Seus feitos e nomes são abafados pelos escândalos dos corruptos.

   O governo deveria lembrar-se de algo muito básico e que deveria ser a máxima de qualquer pretenso a ocupar cargos de tal importância: o Governo existe simples e puramente para servir o povo com a maior transparência e justiça possível, não o contrario.

   Lutemos povo brasileiro, lutemos pelos nossos direitos, pela nossa voz, pelos nossos filhos, pela nossa honra, lutemos pelo futuro de nossa gloriosa nação, este tão maravilhoso e incrivelmente grande país, esta nossa casa, a qual chamamos de Brasil.

   Agradeço àqueles que tiveram a paciência de ler este texto em sua íntegra e peço perdão pelos erros.        

   Agradeço mais ainda aos políticos que são governantes realmente, aos servidores públicos que recusam se corromper. Ao povo peço que se levante e faça a voz da nação, cansada de ser manchada pela corrupção, ser ouvida com um brado retumbante. Que o braço dos brasileiros realmente se prove forte na luta pela liberdade e justiça, rumo a tão m muitos dos descasos do governo, mas que tem o orgulho de dizer que nasceu no Brasil e que deseja ver esta nação realmente sendo o gigante que a natureza fez.