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segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Caminhar da Mente

Caminhando no ar
Em busca de sonhos perdidos na noite
Usando a luz do luar como guia
Andando por trilhas imaginárias
Rumos de minha mente sonhadora
Sonhando em alcançar
Em chegar a lugares desconhecidos
Precisando apenas do fim das palavras desnecessárias
Aguardando o tão esperado silêncio.

Oceano Contido

Em teus olhos a água reflete a escuridão
Água de um oceano contido
Profundo e escuro
Frio como tua alma
Sua mente perde-se em sua vastidão
Monstros das profundezas negras emergem
Atormentam teu coração impuro
Trazem medos a muito perdidos
Memórias tristes de seu início
Quando as águas dentro de ti não eram turvas
Quando as ondas traziam esperança e não desespero
Antes de o sangue tingir de carmim as marés
Na época em que as gotas representavam lágrimas não derramadas
Este oceano macabro refletiu-se em seus olhos
Contrastou com a pureza de tua face
Agora atormenta meus pesadelos.

O Escapista

Sou o escapista
Aquele que se liberta
Através do canto do rouxinol livro-me do labirinto da realidade
Mesmo preso em jaula de ouro
Local de meu berço esquecido
Voo alto no céu
No limite dos sustentáculos celestiais
Corro para casa nos prados do paraíso
Escapando do mundo escuro e frio
Encontrando a luz das estrelas
Libertando-me de correntes em busca de algo
De um algo santo e puro
Mas pelo medo e pela solidão
Sou arrastado para as profundezas do mar
Mar de marés revoltas
Não mais escapo dessa prisão escura
A morte encontrou o escapista
A lâmina de sua foice não pode ser parada
E a manhã nasceu, ainda assim
Sem mim
O escapista do mundo frio
Tirado dos cuidados do mundo
Tirado por uma lâmina impiedosa
O escapista lhes diz adeus.