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sábado, 15 de março de 2014

ME BLOQUEEI!!!

   Não, não foi no facebook, twitter ou através de orkutcídio, foi mentalmente mesmo.

   Sabem, talvez isso aqui até seja um desabafo, mas uma das piores sensações que eu tenho é pegar o PC ou iPad pra escrever, pensando em horas à fio de escrita que ninguém nunca verá, mas serão horas de satisfação, e elas simplesmente não ocorrem. "O que é isso, Mohamad? Chega de mi-mi-mi!"
   Antes fosse mi-mi-mi, simplesmente textos (40 páginas às vezes) não saem mais com facilidade. Não sei se foi meu estilo de vida, se foi ficar mais velho, o fim do ensino médio e a chatice de uma rotina quase morta. Só sei que há uma barreira. Estou tentando quebrá-la, passo dois ou três dias seguidos escrevendo um pouco de cada coisa, duas páginas ali, três linhas aqui, mas, fora isso, inércia estática total.

   Dizem que é normal quem gosta de escrever ter tais tipos de bloqueio, mas são anos sem escrever um texto que realmente me dê prazer não só em escrever, mas em ler e lembrar da sensação de escrevê-lo. Sinto falta das madrugadas à dentro na frente de uma tela com brilho branco que se enchiam de letras. Surgem títulos, surgem contos, personagens atípicos e alheios, mas nunca um bom enredo, uma boa estória encorpada que eu possa continuar.

   Sim, estou reclamando, mas aprendi que ao colocar aquilo que sinto ou penso na forma escrita me faz (literalmente), enxergar as coisas de uma forma mais clara. E não, não acho que essa reclamação que está sendo feita, provavelmente pra ninguém, pois à meses ninguém entra nesse blog, incluindo a mim mesmo, seja em vão. As palavras dentro da minha cabeça voam de um lado para o outro ricocheteando na minha caixa craniana e não saem, é revoltante. (Só não xingo no twitter porque não gosto da pseudo-música do Restart).

   Não sei bem como descrever o que ocorre, apenas não acho que o tenho para despejar no teclado com dedos frenéticos seja realmente interessante. Espero mudar isso o quanto antes e botar essa joça pra andar!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Monólogo com a Noite (perda de tempo...)

– Olá! – disse a voz. Para não ser rude eu deveria de responder. (Certo?)
– Olá. Quem é? – não pude evitar a pergunta, mas não sei se realmente estava interessado na resposta.
– Mas oras, que ingratidão, já se esqueceu de mim?
– De mim quem? – odeio quando não me respondem logo.
– Da Noite! Quem mais estaria conversando com você as 2:30 da manhã? Drrr!!!
– Ah, sim, não esqueci não, apenas não lembrava que você conversava.  – talvez eu esteja a tempo demais acordado e escutando coisas.
– Que falta de consideração com a minha, não posso dizer pessoa, direi “minha presença”.
 – Peço perdão a senhorita, porém algo me incomoda.
– Você parece sempre estar incomodado, mas vou me arriscar a perguntar o motivo de tal incomodo. O que te incomoda? – engraçadinha esta senhorita Noite, não é?
– Por que, depois desses quase 4 anos a senhorita veio conversar comigo novamente? – uma dúvida justa, creio eu.
– Bem, não sei, você estava aí, meio que sem fazer nada, a toa, com essa cara de sono e não dorme, então pensei “Falar um oi não faria mal.” – até que ela foi razoável com meu estado, a cueca boxer deveria ter espantado qualquer um.
– Pois agora está explicado. Mas não acho que eu seja a pessoa mais interessante com quem conversar durante a madrugada, sabe como é, brigando irracionalmente com o sono que já está aqui e eu empurro pra fora da porta.
– Quem sabe não foi ele o passarinho que me pediu pra conversar  com você, é irritante quando alguém não deixa você realizar o seu trabalho e, o Sono, está aí batendo na porta faz tempo e não consegue entrar pra te colocar na cama. – agora começo a lembrar por que não puxo conversa com essa senhorita.
 – Você quer o que, que eu deixe o sono me ninar é? Estou muito bem acordado! – mentira, estou caindo aqui, bem, quase.
– Você quem sabe, só não venha depois dizer que a noite foi péssima e você não dormiu direito, não tenho nada haver com isso, bem que tentei avisar. Passar bem! – que mal humorada...
– Muito obrigado, passarei sim. Sinta-se livre para conversar numa outra madrugada qualquer. – até parece que ela volta.
– Humpf! Abusado! – finalmente me livrei dessa chata!

Ainda sussurrando ao vento...

E por lá andava o Andarilho Rubro, sussurros do vento ao pé de seus ouvidos, nunca nada interessante, será que o mundo perdera a graça? Onde andava a magia de outrora?
“A inocência morreu” pensava ele, respondia ao vento e mandava que este lhe trouxesse notícias interessantes, mas sem muita esperança que isto acontecesse.

Quão solitário é andar pelos campos e pradarias à noite, fadado a caminhar sozinho até o dia em que seu fardo for retirado. Por lá se ia o Andarilho Rubro, se perdendo em meio ao vazio do campo e aos sussurros do vento, sem nunca parar de andar sem rumo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Uma Visão Pessoal Pretendendo Ser Nacional

   Um triste retrato da governança de nossos não governantes. Infelizmente nosso país é regido por leis que dependem de ”pegar” ou não, por políticos e lobistas. É um país fundamentado na dependência da ignorância e na alastrada voz silenciosa do conformismo generalizado e pelo populismo de larga escala, esse que possui incontáveis e crescentes cabeças de gado, desculpem-me eleitores cegos a realidade de seu voto.

   Governantes existem, mas sua voz não se faz ouvir, pois justamente pelo fato de serem honestos não conseguem os recursos necessários para fazerem as milionárias campanhas e nem para criarem currais eleitorais constituídos por infelizes ignorantes que são guiados pelas esmolas governamentais e mantidos no lugar por cercas de desinformação e falta de educação.

   A situação de nosso governo, muitos diriam, é digna de dó, mas não, os dignos de dó somos nós, que, ignorante e alegremente, consentimos com essa pouca vergonha, se é que existe qualquer vergonha nisso. A nossa voz, a voz do povo, a voz daqueles que um dia irão pagar e sentir na pele o resultado do silêncio de gerações que cresceram com a liberdade que foi confundida com libertinagem, deve lutar para ser ouvida, e nossos braços, ditos como fortes em nosso hino, devem fazer valer o título que lhes foi dado e ir à luta pela real liberdade.

   Liberdade? O Brasil gaba-se de ser um país livre, os brasileiros gabam-se de serem felizes, de serem batalhadores. Triste retrato da ignorância em sua máxima. Somos um povo mantido encurralado por homens e mulheres da política que alcançam poderes desproporcionais e luxos que lhes são garantidos por pessoas que chegam em casa e tem pão com ovo para o jantar ou que precisa contar o dinheiro ao fim do mês para poder pagar a passagem daquele ônibus em péssimas condições que vai percorrer vias em condições igualmente péssimas ou piores e a culpa vai ser da demora da Operação Tapa-Buraco.

   Aliás, Operação Tapa-Buraco deveria ser o nome de nossas respeitáveis, honradas, exaltadas e tão queridas eleições governamentais. A cada quatro, longos e extremamente benéficos a certo grupo de bolsos, anos temos as eleições. Mas isso todos sabemos. O que, infelizmente para o povo brasileiro, a maioria do eleitores, orgulhosos de serem chamados por tão honroso título, não sabe. Calma, todos sabemos, uns mais que outros. Cada eleição apenas troca o nosso grupo de, na falta de palavra melhor para descrever essa corja, governantes, a principal mudança percebida é aquela que passa nas redes de televisão aberta, as propagandas falando dos enormes feitos dos governos, cada governo com símbolos mais criativos e mais pessoas sorridentes aparecendo.

   Cada vez que vamos às urnas apertar botões e rezar um pouco na cabine de votação para que a escolha não seja a pior possível, mas a menos pior, claro, estamos decidindo quem achamos que será menos corrupto. Estamos presos a um sistema que mantém a corrupção impune e, em casos como as licitações de obras públicas, sancionadas pelo próprio, e extremamente digno, Governo Federal. Somos amarrados por aqueles que fazem as leis em benefícios próprios e que somente estão onde estão (enchendo os bolsos se alguém estiver em dúvida), por causa de nossos dedos que estavam ávidos para apertar o botão verde e correr para casa.

   Doce ilusão de liberdade que nos aflige. Triste realidade que nos cerca.

   Infelizmente os mais afetados são os que menos sabem do enorme esquema que se encontram. Um círculo vicioso que se mantém a longas décadas e que sobrevive cada vez mais faminto e descarado. Os corruptos prometem melhorias, dão esmola e incentivam a ignorância, e graças à ignorância se mantém no poder.            

   Estamos em uma plena e fervilhante política do pão e circo. A televisão, que é mais importante que a geladeira em muitas casas, diga-se de passagem, transmite aquilo que o povo quer ver. O carnaval marca o real início do ano e a Copa Do Mundo é o momento que o país escolhe para dizer que é unido e para mostrar o orgulho do povo. Enquanto isso as políticas populistas e assistencialistas ditam o tom da fala dos governantes e garantem os votos.

   Sendo assim, deveriam haver leis para punição, não? Ria muito quem já disse essa frase, mas ria com vontade. Ladrões não vão para dentro das celas, ainda mais com as superlotadas e depreciadas prisões do país, de forma voluntaria, ou vocês conhecem algum que vai? Enquanto for o governo ditando quem é ou não punido, o único que vai perder a liberdade e os direitos é o povo.

   Mas e os governantes justos? Sim, existem, mas não são ouvidos nem ganham muito destaque, não conseguem da máquina pública o dinheiro para as espalhafatosas campanhas eleitorais. Seus feitos e nomes são abafados pelos escândalos dos corruptos.

   O governo deveria lembrar-se de algo muito básico e que deveria ser a máxima de qualquer pretenso a ocupar cargos de tal importância: o Governo existe simples e puramente para servir o povo com a maior transparência e justiça possível, não o contrario.

   Lutemos povo brasileiro, lutemos pelos nossos direitos, pela nossa voz, pelos nossos filhos, pela nossa honra, lutemos pelo futuro de nossa gloriosa nação, este tão maravilhoso e incrivelmente grande país, esta nossa casa, a qual chamamos de Brasil.

   Agradeço àqueles que tiveram a paciência de ler este texto em sua íntegra e peço perdão pelos erros.        

   Agradeço mais ainda aos políticos que são governantes realmente, aos servidores públicos que recusam se corromper. Ao povo peço que se levante e faça a voz da nação, cansada de ser manchada pela corrupção, ser ouvida com um brado retumbante. Que o braço dos brasileiros realmente se prove forte na luta pela liberdade e justiça, rumo a tão m muitos dos descasos do governo, mas que tem o orgulho de dizer que nasceu no Brasil e que deseja ver esta nação realmente sendo o gigante que a natureza fez.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Andando entre os mortos
A pequena chuva da alma se abateu por sobre as janelas
Os passos de dor foram abrandados pelo azul celeste
Lembrança já distante de portais para a alma que não mais verei
De um sorriso mais acolhedor que um abraço
Da memória que já fui um anjo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Growing Shadows

And inside the shadow grows

Nonstop until it ends up consuming all

Carrying the good things to the dark

Letting the pain rule once again

Feeding up doubts and regrets

Nurturing unreasonable fears

And freezing the heat of the soul

Then so the spirit fades and goes away.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pais de família que protegem seus filhos são terroristas!

Vou direto ao assunto, não gosto de enrolar. O problema que está me indignando ultimamente são pessoas que não possuem visão ou censo crítico, absolutamente nenhum, querendo dar palpite em assuntos internacionais, mais especificamente as questões relacionadas aos conflitos no Oriente Médio.
Li agora a pouco um colunista que chamava de hipocrisia as intenções do navio turco Mavi Marmara que estavam levando donativos e suprimentos para a Faixa de Gaza. Chamou os supostos donativos de contrabando de material bélico para o Hamas, partido o qual chamou de terrorista. Não só ele chamou o partido de terrorista, a mídia aparentemente entrou num consenso de que pessoas que defendem suas terras com sua própria vida são terroristas.
Me digam, o que vocês fariam caso invadissem sua casa, matassem seu pai, violentassem sua mãe e irmãs e te tratassem como cachorro? É, provavelmente vocês não ficariam felizes. E para piorar um pouco o cenário, e se essas pessoas fossem de outro país que rouba terras do seu povo a décadas? Nossa, piorou não é mesmo?
Eu imagino como vocês se sentiriam, eu também não ficaria feliz. E não ficar feliz, nesse caso, seria ficar revoltado e crescer com raiva, ódio daqueles que invadiram sua terra e trataram sua família pior do que se tratam animais criados para abate. Pergunte o que você faria se você fosse esse garotinho que teve a vida destruída por uma guerra que não foi ele o culpado, mas velhos de mente obtusa com síndrome de grandeza que acham que são superiores uns aos outros, competindo pra ver quem é o maior cachorro da vizinhança.
As crianças nascem sendo ensinadas que as pessoas do país vizinho, desde pequenas, são treinadas para atacar e matar sem piedade e, por isso, elas devem odiá-las e atacar antes de serem atacadas, só para prevenir. Destruir famílias passa a ser o correto, desde que você não tenha que viver com o inconveniente absurdo de o povo que está naquelas terras a milênios possua uma nação organizada e onde eles possam viver em segurança. Por que você permitiria isso? Eles são treinados para matar.
Poupe-me, qualquer um que crescesse vendo soldados de uma nação vizinha invadir as terras e assassinar civis a sangue frio, impedir que seu país receba comida ou água, destruir as casas da sua rua ou bombardear escolas e mesquitas, enquanto tudo que você pode fazer é arremessar e pedras, e quando o faz é contra-atacado com fuzis de alto calibre, não importando sua idade, ficaria, no mínimo, para ser bem eufêmico no sentido mais puro e profundo dessa palavra, com ódio e revolta direcionados a esses invasores cruéis.
Chamar quem defende as próprias terras de terrorista é hipocrisia, e dizer que quem ataca civis desarmados com aviões supersônicos e mísseis ultramodernos, que custam milhares de dólares cada um, está apenas se defendendo contra a ameaça de ataque iminente. Ou caracterizar como um país que luta pela liberdade um império tirânico que é, na verdade, o maior terrorista do mundo, impondo sua vontade através de um poderio bélico absurdo, ameaçando atacar e colocando quem o contraria no chamado Eixo do Mal, simplesmente porque o outro não abaixou a cabeça levou os chinelos até a cama do presidente do dito país que luta pela liberdade.
O problema é que a mídia ocidental, dominada pelos vizinhos, estressados e com sérios complexos de vítima, de Gaza, inverte papéis e dissimula fatos, transmitindo apenas aquilo que convém para manter o domínio e privar a população da realidade, do fato de que quem luta pelo direito de ser livre e poder criar seus filhos sem medo de que, por algum motivo extremamente racional e justo, um deles, se não todos, sejam explodidos, só porque nasceram na terra de seus antepassados, e chama essas pessoas de terroristas frios e irracionais. A mídia também diz que quem atravessa meio mundo para matar uma grande parcela da população em troca de petróleo é o grande herói da liberdade.
Está na hora de toda a população do mundo repensar em quem escolhe como líderes, se conscientizar de que o que eles fazem é errado, de que as pessoas que controlam a informação são mentirosos dissimulados e repassam apenas aquilo que lhes interessa. Até que todos estejamos conscientes disso, até lá, veremos inocentes morrendo, o fraco sendo morto pelo forte, pessoas sendo descriminadas por terem nascido em determinado lugar, serem de certa cor e não de outra, acreditarem em algo que não aquilo que alguém diz ser o consenso universal, até lá seremos decadentes, podres e mais irracionais impossível.

domingo, 4 de julho de 2010

So, what have?

So what have your senses become?
What good your judgment have done?
What kind of atrocities did your mind commit?
Well, my heart have killed
My feelings murdered in cold blood
And the soul frozen by the dead spirit.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Caminhar da Mente

Caminhando no ar
Em busca de sonhos perdidos na noite
Usando a luz do luar como guia
Andando por trilhas imaginárias
Rumos de minha mente sonhadora
Sonhando em alcançar
Em chegar a lugares desconhecidos
Precisando apenas do fim das palavras desnecessárias
Aguardando o tão esperado silêncio.

Oceano Contido

Em teus olhos a água reflete a escuridão
Água de um oceano contido
Profundo e escuro
Frio como tua alma
Sua mente perde-se em sua vastidão
Monstros das profundezas negras emergem
Atormentam teu coração impuro
Trazem medos a muito perdidos
Memórias tristes de seu início
Quando as águas dentro de ti não eram turvas
Quando as ondas traziam esperança e não desespero
Antes de o sangue tingir de carmim as marés
Na época em que as gotas representavam lágrimas não derramadas
Este oceano macabro refletiu-se em seus olhos
Contrastou com a pureza de tua face
Agora atormenta meus pesadelos.

O Escapista

Sou o escapista
Aquele que se liberta
Através do canto do rouxinol livro-me do labirinto da realidade
Mesmo preso em jaula de ouro
Local de meu berço esquecido
Voo alto no céu
No limite dos sustentáculos celestiais
Corro para casa nos prados do paraíso
Escapando do mundo escuro e frio
Encontrando a luz das estrelas
Libertando-me de correntes em busca de algo
De um algo santo e puro
Mas pelo medo e pela solidão
Sou arrastado para as profundezas do mar
Mar de marés revoltas
Não mais escapo dessa prisão escura
A morte encontrou o escapista
A lâmina de sua foice não pode ser parada
E a manhã nasceu, ainda assim
Sem mim
O escapista do mundo frio
Tirado dos cuidados do mundo
Tirado por uma lâmina impiedosa
O escapista lhes diz adeus.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

...

Nós somos aquilos que somos, nada a mais, nada a menos, meras existências ínfimas e sem importância num ciclo temporal que nunca chegaremos a entender, ou sequer ter noção de sua enormidade e atemporalidade, não vimos seu começo e não veremos seu fim, não sabemos onde encontrar a nós mesmo nessa vastidão de espaço e tempo, e damos um valor imenso a coisas que nunca importarão e desaparecerão assim como tudo que conhecemos, tudo que está a nossa volta não passa de um momento único que apesar de que ficará para sempre marcado também será para sempre um momento esquecido e sem sentido, levando-me a feliz inconclusão de que nada do que façamos, sintamos, ou qualquer coisa do gênero, possui algum sentido, nada nem niguém, tudo e todos, somos simplesmente momentos breves sem razão perambulando por ai sem rumo esperando que coisas banais signifiquem alguma ou marquem, sendo que tudo voltará a ser poeira.

sábado, 1 de maio de 2010

mais um algo de um projeto em andamento...

...e o vento suspirou uma brisa em resposta ao andarilho rubro, a surpresa seria verdadeira...

sábado, 24 de abril de 2010

A grande estupidez de tentar dizer o que é sabedoria

Aqueles que rotulamos de sábios devem ter sabedoria o suficiente para admitirem que quanto mais aprendem mais percebem que nada sabem.

É engraçado como gostamos de achar presunçosamente que somos sábios, donos da verdade e da razão. Mesmo quando crianças achamos que sabemos muito sobre tudo, quando ainda não sabemos nada de nada, porém será que isso realmente muda?
Não importa o quanto envelheçamos, sempre estaremos aquém de ser sábios, podemos ser conhecedores de padrões de comportamento e sermos mais habilidosos na hora de mensurar e calcular resultados de ações, sejam estas nossas ou alheias. Isso é o que nós consideramos como sendo sabedoria e, outra tendência nossa que, se me permitem dizer é errônea, é dizer que sabedoria vem apenas conforme ficamos mais velhos.
O interessante sobre isto que chamamos de sabedoria é que não pode ser vista, sentida, medida ou calculada e ainda assim somos estúpidos o suficientes para tentar caracterizá-la e dizer que vem com o tempo. O tempo traz muitas coisas, muitas experiências, variando em intensidade e em quanta bagagem elas adicionarão a nossa mala da vida. Quanto mais intensas, mais bagagem elas nos dão para carregar, quanto mais bagagem, maior também será o conteúdo. Porém não adianta nada se esse conteúdo for originado de mesmos pontos de vista.
Os pontos de vista são importantes quando o assunto é dizer o que é como se adquire sabedoria. Quanto maior a quantidade de visões diferentes a que formos expostos, maior e mais variado será o conteúdo da bagagem que carregaremos. Essa bagagem irá definir se seremos considerados sábios ou tolos. Ou tolos por cometer o erro de considerar a nós mesmos como sendo sábios.
A grande problemática da sabedoria é que ela é intitulada e rotulada por pessoas que não a possuem e sequer sabemos o que ela é. Mas ainda assim estou sendo idiota e tolamente presunçoso ao tentar defini-la através de palavras sem que sequer compartilham da qualidade do assunto aqui discutido.
Porém tentarei aqui dizer o que realmente é a sabedoria, ela é simplesmente o uso que fazemos do conhecimento dado por nossas experiências. Sabedoria é o uso racional do conhecimento a fim de obter-se um resultado positivo, ou não, relacionado a algum certo algo. E não é a idade quem ditará o quão sábio somos. Às vezes quando novos somos mais sábios do que quando envelhecemos. Ou alguém velho pode não ser tão sábio quanto alguém mais novo que foi obrigado a explorar e aproveitar o conteúdo de sua bagagem com mais profundidade e esmero.
A sabedoria é aquele conhecimento que temos sobre tudo de nada que nos ajuda a entender, prever, calcular ou arquitetar o que nos aguarda na nossa jornada de recolhimento de bagagem, vulga vida.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

algo de um projeto aí...

""...e o andarilho de vestes rubras caminhava pelas Planícies Alvas mirando o poente multicolorido, imginando se a noite seria estrelada..."

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Diálogo noturno com a Senhorita Noite

– Olá! – disse uma voz no escuro.

– Olá! – respondi.

– Por que estás acordado? – perguntou-me a tal voz.

– Bem, não sei, creio que o sono não veio a mim hoje. Mas espere, quem é você? – indaguei curioso sem me importar com a possibilidade de estar falando sozinho.

– Oh, bem, perdoe minha rudeza, sou a Noite, já nos conhecemos, mas sem apresentações formais, claro. Prazer.

– Ah, sim, claro, agora faz mais sentido. (ainda não fez pra mim, mas relevemos este fato) Como vai a senhora... Hm... Senhorita...?

– Vou muito bem obrigado. Porém estou curiosa. – respondeu-me a Noite – Por que ainda estás acordado, não dormistes nadinha a noite inteira.

– Hum, acho que posso dizer que a culpa é tua. – disse-lhe franzindo a testa para pensar em algum motivo – Estou com, bem, um certo medo.

– Mas o que poderia dar-lhe medo a esta hora?

– Pois ora essa, a senhora... Senhorita. Aliás, é senhora ou senhorita?

– Não sou casada, então senhorita está de bom grado. Diga-me por que temes a mim?

– Não seria a senhorita propriamente dita, dona Noite. É que o problema são aqueles seus companheiros inconvenientes que lhe acompanham com uma frequência estupidamente estúpida, no meu caso em particular pelo menos, os chatos dos pesadelos, não me deixam em paz quando a senhorita dá o ar de sua graça.

– Oh sim! Aqueles chatos! – respondeu-me com tom zombeteiro, irritou-me – Mas também trago os sonhos comigo, não gostas destes?

– Destes eu gosto, são divertidos. – respondi ainda indignado por ter sido zombado.

– Então durma para que eles possam lhe visitar.

– Quem garante que não serão os pesadelos? – já me estressando com a insistência dela para que eu dormisse.

– Ninguém, mas e se forem, qual o grande problema deles? Sabia que são os irmãos dos sonhos? – agora seu tom era quase maternal ao defender os chatos dos pesadelos.

– Ora, pois, eles são medonhos às vezes, também incomodam muito depois que eu acordo, pois demoram a sair de minha mente, são chatos como a senhorita mesmo disse!
– dessa vez a abusada soltou risadas do que eu havia dito. Isso realmente irrita.

– Mas aposto que o senhorzinho emburrado ai não sabia que a chatice dos pesadelos pode ser útil. Não é mesmo? – quem ela estava chamando de emburrado? E falar que os pesadelos são úteis é algo quase tão estúpido quanto eles próprios.

–Como ser perturbado durante meu sono pode ser algo útil hein, dona Noite? Tudo que tenho conseguido com isso são noites (eita conversinha estranha essa) mal dormidas. Peraí, posso falar noites ou devo dizer senhoritas, sabe, pra ser educado.

– Noites. Pois olhe, o que são os pesadelos, meu garoto? Responda-me e lhe digo sua utilidade. – mais essa agora! Tenho que dar definições! – Hum, a senhorita sabe, são coisas que dão medo e incomodam, mais do que eu diria que é saudável caso eu encontre com um deles andando por ai... O que isso tem haver com a conversa?
– Tudo se você quer saber! – juro que se ela tivesse rosto estaria fazendo um biquinho agora! – Os pesadelos não te causam medo nem incomodo algum! Eles apenas os expõe para que você saiba quais são mesmo sem ter que deparar-se com eles no caminho. Apenas lhe mostram o que há dentro de você lhe incomodando, então, tecnicamente, quem incomoda você é você mesmo! – vixe, essa dona ai agora ta me deixando confuso.

– Então eu sou o culpado por estar dormindo mal? Não creio que eu seja tão idiota a este ponto. – que Noite pirada essa, ou eu quem não estou entendo...

– Não, você não é o culpado, mas sim aquilo que você sente e não sabe dizer o que é. Assim como os sonhos mostram aquilo que lhe agrada, ou diverte como você disse, os pesadelos mostram aquilo que lhe assusta ou preocupa, são um reflexo do interior da tua mente e coração. – o pior é que a senhorita Noite está certa, mas vou chateá-la mais um pouco.

– Ah, então são espelhos chatos! – quase soltei um riso, mas não achei graça de minha própria piada, revoltante.

– Não se faça de idiota, idiota. Assim como eu venho para mostrar um lado do mundo que se esconde na presença de meu colega esquentadinho, os sonhos e pesadelos existem para mostrar diferentes partes de você, suas diferentes faces internas. – senhorita esperta essa Noite.

– É, até que faz sentido sim. Um prazer conversar contigo, o seu amigo esquentadinho está começando a aparecer ali no horizonte e por alguma razão bem energúmena o sono está começando a me acertar por aqui. – conversa estranha, mas esclarecedora essa – Prazer em lhe conhecer formalmente senhorita Noite.

– Prazer, garoto. Espero encontrar-lhe dormindo quando eu voltar, se não mandarei os pesadelos te visitarem de propósito. Tchau.

E a senhorita foi embora assim que os primeiros raios do Sol despontaram no céu. E por aqui fico, mas vou dizer-lhes, conversar com a dona Noite até que foi legal, afinal ela é apenas o dia com uma luz mais pálida e temperatura baixa, não sei por que existe gente que não gosta. Até a próxima.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Vida, coisinha complicada ela

Curioso, todos temos nossas ideias, pontos de vista, filosofias sobre a vida e como devemos percorrer esse caminho tão belo, sombrio e misterioso, repleto de paradoxos contestáveis porém imutáveis. Isso é algo interessante, apesar de gastarmos um tempo consideravelmente longo a esse pensamento sobre a vida nós não temos uma resposta concreta ou que possa ser considerada verdade.
Alguém realmente sabe o que significa estar vivo? A definição de vida pela ciência é a organização em meio ao caos que é capaz de se replicar ou reproduzir. Isso é mesmo a nossa vida? Sempre dizemos que nossa vida está um caos total, ou o mundo está um caos, nosso mundo próprio principalmente. Não podemos usar uma definição tão exata para uma coisa de abstrações estapafúrdias e incompreensíveis como a vida.
O maior problema para encontrar essa tão desejada resposta é que a vida não é igual para todos, humanos ou não. Cada ser, por mais parecido que seja com o outro e encontre-se no mesmo meio, é um indivíduo único, não pela sua aparência, mas por sua experiência. Não vamos complexar mais ainda esse assunto falando de todos os seres vivos, a dor de cabeça que isso causa já é bem grande se o assunto for somente a nossa vida.
Desde antes de deixarmos o ventre de nossa mãe as experiências pelas quais passamos variam de uma pessoa para outra, cada um afetando o ponto de vista e mudando a perspectiva com que a pessoa irá enxergar e encarar o mundo a sua volta. Por ser formada de experiências únicas ou que se passam com companhia, a vida é algo único para quem a possui, ou melhor, para quem está sendo levado pelo fluxo de momentos que a formam.
Quanto mais sentido tento encontrar, ou simplesmente uma resposta que possa me dizer o que é isso em que nos metemos e somos carregados durante um período curto de existência ínfima, mais eu chego à conclusão que essa resposta é diferente para cada um de nós. Não sou capaz de dizer o que é e não creio que alguém ainda incluso no fluxo de momentos seja.
A vida não é algo que se possa reduzir à apenas um sentido ou resposta, seu sentido misterioso está incluso em cada um dos momentos em que nos sentimos felizes, tristes, apaixonados, solitários e uma gama infinita de sensações a que somos expostos.
A morte inclusive tem um papel relevante na nossa definição de vida, sem ela não estaríamos vivos realmente, seríamos uma mera existência sem consciência do quanto cada segundo é especial e único.
Mas se for pra reduzir realmente o sentido dessa coisa tão maravilhosa, bem, eu diria que é viver cada segundo tentando aprender o máximo, pois não será um momento que irá repetir-se e, se possível, passar esses segundos com aqueles que fazem a vida aparentar ter um sentido.

Aniversário

Seguimos um longo corredor
Porém mais rápido do que desejamos
Mas sempre seguimos em frente
Sem nunca parar

Nos altos e baixos
Deparamo-nos com pessoas que marcam
Outras nem tanto

Não temos como voltar atrás
Mas sempre podemos olhar adiante e decidir como seguir
E a cada ano essa chance se renova
E cada vez mais temos que saber como escolher bem

A jornada seguirá em frente
Espero que a tua seja repleta de felicidades,
Que Deus lhe abençoe.

Pra Uma Alguém Especial

Tua perfeição não reside apenas no tangível
É algo intrínseco em ti
Que pulsa dentro de teu peito

Exala em teu perfume
Reflete no brilho dos seus olhos
Corre por dentro de tuas veias
Forma tua essência

Em tuas várias faces se expressa
A perfeição que há não só no exterior
Mas que reside no coração

Mesmo em tua complicação mostra graça
Pelos olhos revela tua alma
Porém esconde-se em tuas palavras
Tudo parte de tua complicada perfeição.


em homenagem a Lanterninha (interna) ;)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Oh My Fearest Death

Lets waltz my fear
Fear of even the mightiest men
Dance with me and all life
Just dazzle us with your power

Make us tremble by just the thought of you coming by
Let me blame you for the pain of the world
Allow me to dub you as a curse

Sorry my fear
Not your fault, I unfortunately know
Taking our heartbeats and breaths away
Just your kind nature I know

Oh my feared friend
Gentle with all
Oh my fearest death.

...

Por enquanto é isso então, selecionei só aqueles que eu achei que seriam do interesse de vocês, se é que algum realmente o é. Assim que eu tiver mais tempo posto mais alguma coisa que eu escrever. Até a próxima!

O Medo e o Fim

No ritmo do palpitar do coração
Um grito de desespero precede cada batida
O desejo por violência esconde-se em cada pulsação

Quando a escuridão envolve
E o único conforto é a mentira
A realidade é a maior ameaça
É o maior temor

É a companhia que se faz presente
A solidão que se passa por proposital
Vontades que se confundem

O maior querer também é o maior medo
O não ser querido o pesadelo
A solidão o abismo
E a falta é o fim.

Nosso Querer

A hipocrisia paradoxal
Do conflitante coração irracional
Com a mente genial

O querer não querer,
Nosso desejo de não mais desejar,
Uma ânsia degenerada e profunda,
Queríamos nós nos livrarmos da vontade

Um profundo conflito da alma
Tão eterno quanto ela própria
E ainda mais intrínseco em nossa carne

Queríamos saber nosso rumo
Seguir a paixão do coração
A racionalidade da mente
Queríamos saber quem somos.

Rio da Vida

O curso de um rio
Belo, traiçoeiro
Muda sem aviso
Não segue lógica aparente

Pode machucar
Pode admirar
Pode abrigar

Nem sempre se vê abaixo da superfície
Não se sabe os mistérios que guarda
É mal compreendido
Continua até seu fim

Lembra um caminho
Separa dois extremos
Aparenta ser a vida.

A Razão do Teu Viver

Cuide de teu campo
Sempre na esperança de atrair um mero milagre da vida
Um mero milagre de um dia

Continue ansiando para ouvir o bater surdo de suas asas
Para sentir a brisa inexistente
E ver o invisível diante dos teus olhos
Aguarde aquela borboleta

Tente evitar que os cabelos negros tornem-se teu véu
E que a chuva não lave teus olhos
Para que possa ver o motivo de cuidar de teu campo

Quando ouvir o som do inaudível
Ver aquilo que não está aqui
E sentir o intangível
Terá experimentado a razão do viver.

Flores de Papel

Num campo de flores de papel
Estou fugindo da chuva
Chuva que faz desmoronar tudo
Que lava o meu arredor

Frágeis ideais
Esmigalhando-se ao toque de uma gota
Uma mera existência transitória

Cada gotejar derruba uma flor
Um pilar do imaculado
Cria uma brecha impensável
Abre espaço para um novo conceito

Cada pingo de chuva
Uma lágrima
Uma idéia perdida.

Fantasma da Rosa II

Escondeu-se em meu jardim
Tomou a forma de flor
Porém não muito demorou e encontrei-lhe

Uma rosa fantasma
De pétalas alvas
Suaves como a brisa
Docilmente sem seus espinhos

Reluzindo ao sol
Existindo delicadamente
Fazendo com que eu deseje
Deseje que não seja uma peça de minha mente

Sempre que pensar em ti
Pensarei no fantasma de uma rosa
Na alva rosa veludosa de meu jardim.

Quando a Dor é Grande

Ás vezes a dor é grande demais
Ela consome tudo em sua frente
Enfraquece o coração
Deturpa os desejos

Ás vezes ela faz com que se queira morrer
Faz a vida perder a graça
Torna o bater do coração algo insuportável

Ela faz a esperança enfraquecer
Obscurece os caminhos a serem seguidos
Faz o fim ser o único conforto
E faz da solidão a única companheira

Ás vezes ela é grande demais
Ás vezes dá vontade de fugir de tudo
Ás vezes faz do fim a única coisa suportável.

O que é o amor

Sempre em busca de algo
Este algo que é tudo
Que dá sentido às coisas

O algo que nos faz viver
Que nos faz morrer
Que nos une em um todo
E divide nosso mundo

Aquele algo que muito esqueceram o nome
Que muitos clamam estar morto
Que muitos perdem na jornada

É aquele algo que todos querem, porém muitos temem
É o amor
Que ao mesmo é tudo
É também dor e desilusão.

My Black Sand Desert

Just walking without a path
In a cold desert
A desert of black sand
Where even your name gets lost

The truth about you just fades in the wind
Leaving broken hopes behind
Showing only mirages

The nights are dark without stars
The day is cold without a sun
All this numbs our souls
And make our pulses stop

Not even tears can be dropped in here
No one hears the desperate scream for help
No one here can feel their own heart.

Não Esquecer de Fazer e Estar

Não perca chances
Não desperdice momentos
Não se esqueça de dizer que ama

Lembre de beijar enquanto seus lábios ainda estão vermelhos
Lembre de olhar nos olhos enquanto eles brilham
Lembre de apreciar o perfume enquanto ainda pode senti-lo
Lembre de sorrir e fazer sorrir

Não deixe seus cabelos servirem de véu
E impedirem que seus olhos vislumbrem o mundo
Aprecie cada detalhe

Nunca deixe a inocência sumir
Não permita que a esperança morra
Sempre olhe para o céu azul
Sempre esteja com quem ama.

Estrelas

Têm seu brilho comparado a olhares puros
Aos sentimentos mais fortes e puros
Presentes prometidos a pessoas amadas

Tidas como aquelas que guiam e detém os destinos
Realizadoras de desejos impossíveis
Testemunhas de juras de amor
Guias dos caminhos dos perdidos

Representam o mistério
Abrigam o desconhecido
Recebem os olhares mais apaixonados

Estão em nossos sonhos
Em nossas bandeiras
São as estrelas que todo dia nos vigiam enquanto dormimos
Que nos encantam sempre que temos tempo para admirá-las.

Sol

Com sua luz aquece tudo a sua volta
Com seu brilho encanta todas as manhãs e tardes
O Sol ao alvorecer desperta corações

Ao crepúsculo faz almas se apaixonarem
Revela cores divinas
Encanta olhares que não tem medo de se queimar
Tamanha a beleza de seu esplendor

Seus raios são símbolo de esperança
Tua luz, sinônimo de vida nova
Seu calor representação do amor

Tamanha sua força
Tamanha sua beleza
Estandarte de tudo aquilo que é bom
Sol, detentor unânime do brilho de nossos dias.

domingo, 11 de abril de 2010

Lua

A beleza da Lua engana
É apenas uma rocha no vazio do espaço
Algo incapaz de sustentar vida

Mas mesmo assim ela é capaz de encantar
De arrancar suspiros
De fazer os olhares brilharem
Não se importando com sua natureza tão fria

Localizada no topo de um altar celeste
Trazendo luz para a escuridão
Iluminando o caminho daqueles que não mais possuem esperança

Símbolo místico da beleza do cosmos
Inspiração para amantes apaixonados
Mantenedora de um equilíbrio perfeito.

Just There

Living in despair
Suffocating in sorrow
Planting fear
Harvesting anger

Being cruel to my self
Covering my heart with cold hate
Destroying all the love inside me

Burning from the inside out
Barely able to stand the pleasuring pain
Happy for dyeing slowly
Sad because life seems to be long

Always trying to pass a false image
To please the ones around
Just pretending to exist.

Falso Juíz

Quem és tu para julgar
Para condenar teu próximo
Quem lhe nomeou detentor da verdade absoluta?

Nem sempre o certo é certo
E o errado torna-se certo no desespero
Quem foi que lhe deu o direito de decidir sobre a vida
Alguém lhe disse a verdade sobre o mundo?

O preto confunde-se com o branco
O bem pode fazer mal
O mal pode ser usado para que o final seja digno de respeito

Julgue todos que quiser
Porém saiba que tudo são tons de cinza
Quem lhe garante que o que acha certo não é o maior dos males?
A justiça é cega, assim como nossos olhos o são para a realidade ao redor.

The wait for hugging you

For thy is the responsibility
Thy is the fault of my feelings
For me feeling hurt for not hugging you

Not being able to protect you makes me weak
Takes away my courage and baldness
Just wanting to be lying down
Drowning in this pit of dark and sorrow

Refusing to see the light
For the only light I want in my eyes is the one coming out of yours
Not smiling waiting for you to do so

Not even my heart knows its own reasons
My soul feels compelled to run towards you
But my legs prove themselves to be useless
So my arms have to wait to hold you.

Anjo

Queria ser aquele anjo
O anjo que você dizia que eu era
Aquele que era bom acima de tudo

Então eu poderia lhe visitar no celestial
Ver teus olhos azuis mais uma vez
Poder lhe dar um abraço
Mesmo que fosse o último

O que eu não faria para ter as asas para isso
Para voar e lhe pedir perdão
E mostrar que eu posso ser aquele anjo

Desculpe-me por ter falhado
Por não ter lhe dito eu te amo pela ultima vez
Por ter me acovardado quando precisastes de mim
Nunca lhe esquecerei, perdoe-me.


Em memória de Elísia Vergeiro Godoy, a melhor avó que alguém poderia ter, uma das melhores pessoas que alguém poderia conhecer

For thy is beating of this heart

Thy name is the one that makes me wonder
Your eyes are the ones that show that life still worth something
Your scent is the one thing that drives me away from this reality

In your presence I can feel things that I believed had died in me
You give me hope by being innocent
You make me feel the heat of love growing inside me
And at the same time your presence kills my soul

Knowing that even if you are near
I will never be able to have you by my side
But one certain thing is that you will forever be in my heart

Protected from the cold world outside
Forever safe from the malice that corrupts us all
Sheltered and warm
But only if the possibility of being with you existed.

AQUELE que nos vigia

Como o brilho do sol,
Ofuscas-te a luz negra da estrela da escuridão
Mostrando-me o caminho a seguir
Permitindo-me ver meus obstáculos

Fostes como a luz do farol na noite tempestuosa
Tornou-se um porto seguro
Um ancoradouro firme
Oferecendo proteção e conforto

Mesmo quando não vi
Estava ao meu lado
Guiando meus passos

Amparando-me quando necessário
Repreendendo-me quando foi preciso
Sendo meu amigo e salvador.


agradeça a Ele todos os dias por tua vida

Destruição do Sagrado

A raiva consome impiedosamente
Não se importa com o que há no caminho
Machuca por prazer
Destrói por entretenimento

A ira se vangloria da perda alheia
Cresce da dor do próximo
Semeia o ódio

O ódio engana e cega
Mata seus arredores sem remorso
Judia do inocente
E prolifera-se como praga

Quanto mais machucado um coração
Mais a raiva, a ira e o ódio florescem
Deturpando o amor e destruindo o sagrado.

O que fiz

Tento transformar as miragens de meu deserto em realidade
Procurei fugir daquilo que é onipresente
Tentei cegar o onisciente

Fui confundido pela vontade de ter-te ao meu lado
Enganado por mim mesmo
Acabei por crer em minhas próprias mentiras
Acreditei piamente no inacreditável

Te querer foi meu erro
Minha ruína
Porém desencadeou minha ascensão

Não ter-lhe me evoluiu
Desacreditei verdades tidas como absolutas
Destruí meus parâmetros mais sagrados
Despedacei meu coração profano por ti.

Fuga

Corro por um campo aberto
Vulnerável enquanto fujo do passado
Passado que deveria ficar para trás
Ansiando encontrar um futuro claro além do horizonte

Ando nas ruas sem luz
Acompanhado por minha sombra
Dando ouvidos ao bater fraco de meu coração

Vago pelo labirinto de minha mente
Luto com minha sanidade
Destruo minha lucidez
Combato a lógica que me guia

Discordo do caminho escolhido por minhas pernas
Viajo sem norte por caminhos bem traçados
Aquilo que persigo é a mesma razão da minha constante fuga.

A verdade presa em teu peito

Pela face escorre o choro
Revelando as tristezas ocultas
Abrindo as portas para a alma
Desnudando teus segredos

Os olhos fornecem as chaves para o oculto
Porém escondem o obvio
Cegam o coração

Os sonhos mostram seus desejos
Os pesadelos teu verdadeiro interior
O intimo fica exposto
Os segredos tornam-se ditos populares

Não adianta não revelar com a boca
Estarás revelando com o olhar
Revelarás com teu coração.

O paradoxo sem ele mesmo

O relógio corre
Porém o mundo não gira
Os dias não se alternam
A noite não cai

A vida fica estagnada
A morte torna-se rotina
A tristeza alegra

A esperança morre primeiro
O calor esfria
O frio abriga
A dor conforta

O mar afoga a inocência
A correnteza arrasta as montanhas
O vento varre a alma.

Verdade triste

Uma bússola sem norte
Um coração sem batimentos
Uma respiração sem ar

Um infinito que chega ao fim
Um começo que termina
Uma resposta que pergunta
Uma persistência sem vontade

Um rio sem correnteza
Um mar sem água
Uma manhã sem orvalho

Um sol sem calor
Um dia sem luz
Uma noite sem estrelas
É um amor jogado fora.

Chuva Sem Esperança

Chove num dia escuro
Gotas que são lagrimas
Lagrimas de um dia que já não mais brilha
De um sol que já não mais ilumina ou aquece

O frio de uma prisão de trevas
Trancado por barras de agonia
Só com a tristeza

Nada mais é importante
Tudo é trivial, banal
O amanha é só mais um dia envolto em escuridão
Escuridão dos fantasmas de ontem

O coração partido
Triste por tudo que o cerca
Preso por um mundo sem esperança
Esperança que há muito morreu.

Fantasma da Rosa

Vislumbrei uma rosa branca
Alva como o luar cheio
Com pétalas suaves como a brisa da noite
E quase tanto mistério como aquele das estrelas

Não era mais uma no campo cor de sangue
Perfeita em sua diferença
Mais bela e inspiradora que a mesmice circundante

Como um fantasma, disfarçou-se na névoa
Dançou tímida com o vento
Sendo guiada no mesmo ponto
Beijando meu olhar com encanto

Em devaneios carregou minha mente
Prendeu as janelas de minha alma
E simplesmente continuou sua calma valsa.

Hum..., começo né?

Vou postar muita coisa logo agora de cara, são os arquivos que eu já tinha por aqui, entao não estranhem se eu ficar muito tempo sem postar algo de vez em quando, espero que gostem.